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Nacional

Países do BRICS pedem mais voz no sistema financeiro global

4 de junho de 2025
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04/06/2025 – 18:33  

Mariana Luciano/Câmara dos Deputados

Fausto Pinato (ao microfone): “Países que contribuem para a geração de riqueza ainda estão em posições subordinadas”

Chefes das delegações dos países do BRICS defenderam a reformulação dos sistemas econômicos multilaterais de financiamento para refletir melhor a nova ordem de comércio global, em que diferentes atores internacionais têm relevância. Eles querem maior poder decisório dos países do bloco em organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. O tema foi debatido nesta quarta-feira (4), em Brasília, durante o 11º Fórum Parlamentar do BRICS.

Segundo Tidimalo Legwase, representante do Conselho Nacional de Províncias da África do Sul, os parlamentos do BRICS devem apoiar os esforços para reformar as instituições de Bretton Woods para que sua governança seja representativa e reflita os interesses desenvolvimentistas dos mercados emergentes e de países menos desenvolvidos.

A conferência de Bretton Woods aconteceu no final da 2ª Guerra Mundial e criou o FMI e o que viria a ser o Banco Mundial, dentro da nova ordem financeira internacional.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Tidimalo Legwase: governança deve ser representativa

Para o vice-presidente da Câmara da Rússia (Duma), Alexander Zukhov, a sub-representação de países em desenvolvimento faz com que essas instituições não funcionem para todos. “É muito importante tirar o aspecto político das instituições de Bretton Woods. Muitos usam o FMI e o Banco Mundial para promover seus próprios interesses e consolidar práticas neocoloniais nos assuntos globais”, declarou.

O coordenador do Fórum Parlamentar do BRICS, deputado Fausto Pinato (PP-SP), afirmou que a reforma do sistema financeiro internacional é um tema relevante. “Países que contribuem crescentemente para a geração de riqueza mundial ainda estão em posições subordinadas na governança mundial das finanças em instituições como o FMI e o Banco Mundial”, declarou.

O presidente da Câmara do Povo do Parlamento Indiano, deputado Om Birla, afirmou que seu país apoia um “sistema de comércio global justo e baseado em regras” que abordem adequadamente as necessidades e aspirações do chamado Sul global, termo que engloba países que possuem desafios semelhantes de desenvolvimento econômico e social a despeito de contextos culturais heterogêneos entre si. “Os países do BRICS devem fazer coletivamente esforços concretos para aprimorar a participação do Sul nessas instituições”, disse.

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Dilma Roussef: políticas de guerra comercial minam confiança dos mercados internacionais

Retrocesso do multilateralismo
Para a presidente do Novo Banco do Desenvolvimento, conhecido como Banco dos BRICS, Dilma Rousseff, o retrocesso do multilateralismo e da cooperação entre países dificulta os esforços globais para alcançar o desenvolvimento sustentável.

Ela afirmou, sem citar o aumento tarifário imposto pelos Estados Unidos, que as políticas unilaterais de guerra comercial minaram a confiança e aumentaram a instabilidade nos mercados financeiros internacionais. “Para os países em desenvolvimento, essas dinâmicas representam um chamado à ação, à necessidade de aprofundar a cooperação sul-sul e construir alternativas”, disse Dilma Rousseff, que participou do debate por meio de videoconferência.

A presidente do Novo Banco do Desenvolvimento defendeu a ação dos parlamentos para contribuir para melhor governança, compatível com a previsibilidade institucional e regulatória, que torna viáveis projetos de longo prazo. “Em um mundo que se fragmenta, os BRICS são um pilar de integração. Em tempos de incerteza, somos uma fonte de estabilidade. E em uma era de rápidas transformações tecnológicas, estamos prontos para ser uma plataforma decisiva de cooperação em tecnologia e promoção de inovações”, afirmou.

A vice-presidente do Comitê Permanente do Congresso Chinês, Ning Tie, sugeriu repensar o funcionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC), organismo multilateral do comércio entre países. “Temos um mundo aberto e todos precisam participar nas reformas e exigir essas reformas. Nós temos também a necessidade de um mecanismo de resolução de conflitos, isso poderá também fortalecer o sistema multilateral”, declarou.

Segundo ela, alguns países têm usado “a lei da selva para substituir as leis internacionais, bullying unilateral para substituir sistemas multilaterais e tarifas como arma para fazer bullying contra outros países”.

Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Geórgia Moraes

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