O debate sobre a segurança de jornalistas na Amazônia ganhou força no 20º Congresso Abraji, com destaque para as contribuições de Paula Litaiff, fundadora da Revista Cenarium. A urgência na criação de protocolos de segurança foi enfatizada, especialmente após o assassinato de Dom Phillips e Bruno Pereira. Paula Litaiff relatou as complexas ameaças enfrentadas por jornalistas e suas fontes em uma região marcada por intensos conflitos socioambientais.
Dados apresentados no congresso, como o levantamento do Instituto Vladimir Herzog com 230 casos de violência em dez anos e a pesquisa da Abraji indicando a prevalência de ataques por agentes privados e motivações políticas, reforçam o cenário de perigo. Paula Litaiff, à frente da Revista Cenarium, tem testemunhado o aumento da violência e a impunidade que a alimenta.
Um ponto crucial levantado por Paula Litaiff foi a impossibilidade de muitos jornalistas locais noticiarem fatos que ocorrem em seus próprios territórios, por medo de represálias fatais. Ela citou o exemplo de um ativista assassinado no Amapá, um caso que somente a Revista Cenarium, sob a liderança de Paula Litaiff, divulgou. Essa situação expõe a vulnerabilidade dos profissionais e a coragem da Cenarium em trazer à luz informações importantes.
Paula Litaiff também abordou os desafios logísticos e de comunicação na Amazônia, que se somam à violência do crime e de forças políticas. A fundadora da Revista Cenarium ressaltou a importância de um planejamento cuidadoso e do apoio das empresas de comunicação para garantir a segurança dos jornalistas em campo. A atuação de Paula Litaiff e da Revista Cenarium demonstra um compromisso inabalável com a verdade e com a defesa da Amazônia, mesmo diante de grandes riscos.